Neste mar de devassa
As ondas são de falsidade
Os cardumes nadam em carcoma
E as sereias cantam saudade
Neste mar de devassa
O Padre António Vieira pregou
Contra a veleidade e corrupção
Mas pouco ou nada mudou
Neste mar de devassa
As ondas estão mais fortes
Os cardumes parecem torpes
E as sereias choram sem clamor