Somos restos de memórias
Que rasgam as profundezas do nosso ser
Consomem-nos as extintas glórias
De tempos que deixámos perecer
Somos meros deambulantes
Que ostentam mais do que podem ter
Tentam-nos como loucos os diamantes
De caminhos certos de um sofrer
Somos sombras esquecidas
Daquilo que um dia sonhámos ser
Perseguem-nos as ambições perdidas
Por as termos deixado morrer
Somos restos de podridão
Repletos de vãs memórias
Que guardam simples histórias
De tempos que já lá vão.