As pessoas andam aparvalhadas
Caminham, correm, sem olhar
Se chocam, seguem atrapalhadas
Por verem o relógio a trabalhar
Vivem sem entusiasmo o quotidiano
Fingem estar felizes e realizadas
Prosseguem viagem ano após ano
Longe de admitir que estão frustradas
As pessoas preferem o cinismo
Louvam a aparência e o exibicionismo
Preferem as linhas tontas da hipocrisia
No dia-a-dia andam mascaradas
Deixam as suas vontades dissimuladas
Em troca da aprovação da manada