Percorro caminhos sinuosos, estreitos,
Adornados com pedras e buracos
Trilhos distantes e munidos de defeitos,
Emergem como um monte de estilhaços
Destroços de uma vida inusitada,
Ruínas de utopias de outrora
Parte de uma estrada inacabada,
Símbolo de um tempo que demora
Perco-me em atalhos, triste,
Enegrecida com receios e pesadelos
Ó morte, esta via tu destruíste!
Antes de realizar desejos belos
Como ousas deixar-me assim?
Mergulhada em águas bravas e profundas,
Caminhando e navegando sem fim,
E jazo aqui, à espera do dia em que me afundas!