Tic tac… tic tac.. tic tac…
o relógio não pára de tilintar
dá as badaladas da meia-noite
anuncia o nascer de mais um dia
Tic tac… tic tac… tic tac…
– que fastidioso!
já não basta estar perdida,
com desnorte para a vida?
Tic tac.. Tic tac.. tic tac…
uma e outra vez,
num loop cáustico,
este barulho continua a labutar
Tic tac.. tic tac.. tic tac…
ai insuportável idiossincrasia,
que recorda a inópia hipocrisia:
– pouco vale não querer saber!