Tic tac… tic tac.. tic tac… o relógio não pára de tilintar dá as badaladas da meia-noite anuncia o nascer de mais um dia Tic tac… tic tac… tic tac… – que fastidioso! já não basta estar perdida, com desnorte para a vida? Tic tac.. Tic tac.. tic tac… uma e outra vez, num loop … Continue reading Idiossincrasia do não querer saber
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Metamorfose
Metamorfose conspícua de uma larva Encarcerada num casulo de redenção Desponta como uma borboleta Bate as asas e voa livremente Sob os olhares de admiração Ignora-se o seu passado ignóbil Despojado de quaisquer pasmos Submergido em antros de escuridão Larva que deixou de o ser Borboleta alvo de colecionadores virou Metamorfose audaz no exterior Ironia … Continue reading Metamorfose
II
Multiplicam-se as receitas dos remédios e bebidas para curar maleitas. Em porções desproporcionadas da realidade servem-me as soluções líquidas para as minhas dores. Perdoem-me os crentes, mas desconfio da veracidade de esoterismos. Desculpem-me os filósofos, mas as vossas teorias não são as minhas. Que não me batam os psicólogos e psiquiatras, mas os vossos comprimidos … Continue reading II
Prelúdio de nada (Parte II)
O tempo passa velozmente. Cedo nasce o sol e depressa se levanta a lua. Sucedem-se os dias, meses e anos. Sucedem-se as estações. Uma sucessão de sucessões sem fim, mas nem damos pelo tempo passar. Observamos as divagações nas cores das pinturas que moldam as paisagens. Mostramos mais, ou menos pele, consoante os graus que … Continue reading Prelúdio de nada (Parte II)
Prelúdio de nada
Dizem que parar é morrer. Não quero ser mais uma de tantas carpideiras. Nunca tive qualquer talento digno de menção para a representação. As minhas lágrimas quando caem são tudo menos de autocomiseração. Rejeito as lágrimas do sofrer fingido. Repudio sagazmente os mortos-vivos: que cambaleiam em vez de caminhar; que invejam em vez de viver; … Continue reading Prelúdio de nada
A Santa Uxía de Ribeira
sou uma alma sem casa, daquelas que gosta de vaguear. sou uma alma sem casa, com predileção pelo mar. procuro águas serenas, desprovidas de profundidades mas, repletas de possibilidades procuro um mar, um mar sem fim, de ondas baixas e que me faça… que me faça sonhar.
A intolerância
A intolerância é como os frutos Cresce e prolifera nas árvores Alimenta xenófobos e homófobos, Ou seja, vários tipos de racistas, Daqueles que votam em extremistas A intolerância é como uma praga Devastadora como as do Antigo Egito Faraós e senhores nobres tombaram Dos mais fracos fizeram escravos, Mas os gafanhotos, rãs e escuridão preconizaram: … Continue reading A intolerância
Só não apetece ser mais
Não sou mais porque não me apetece Quando quiser mudar os meus jeitos, Deixar o trabalho, a casa e esta vida Eu vou… Não temo a noite, ou a solidão Nada receio senão a morte Quando quiser partir: eu vou! Juro que vou, porque Eu sou, … Continue reading Só não apetece ser mais
O absoluto
Encontro-te à boca da noite Sob o luar da despedida No penhasco à beira-mar Que foi ponto de partida O absoluto: este marulhar Insónias, ensaios e sonetos A verdade do sonho desaparece Trocamos olhares e impressões Ante o gélido lunar das distorções O absoluto? Mero sono devoluto. – Pesaroso marulhar de nostalgia.
A culpada inércia
Não é somente a inércia a culpada de tudo Recorremos à falta de tempo como desculpa Uma meia-verdade tingida pelas cores da mentira Repetimos espiritualmente para interiorizarmos A falácia gerada monótona e desesperadamente Queremos adiar e disfarçar o mea culpa É muito mais fácil deixar a locomotiva passar Queixamo-nos da falta de movimento Choramos compulsivamente … Continue reading A culpada inércia